sexta-feira, 20 de março de 2009

Mário Laginha.


MARIA JOÃO & MÁRIO LAGINHA Ive Grown Accustomed to His Face

Mário Laginha (n. Lisboa 25 de Abril de 1960) é um pianista e compositor português da área do jazz.
Aprendeu piano e guitarra na infância. A ideia de seguir a carreira de pianista tomou forma quando ouviu Keith Jarrett. Estudou piano na escola de jazz “Louisiana”, em Cascais, dirigida por Luís Villas Boas, e depois na Academia de Amadores de Música e no Conservatório, onde teve como professores Carla Seixas e Jorge Moyano.
Tocou primeiro em hotéis e como acompanhante de outros músicos; o primeiro trabalho profissional aconteceu no teatro, na peça Baal, de Brecht, no Teatro da Trindade. Mas a entrada a sério no mundo do jazz deu-se ao integrar o quinteto da cantora Maria João, com o qual gravou dois discos nos anos 80: Quinteto Maria João (1983) e Cem Caminhos (1985), com standards e alguns originais.
Ao mesmo tempo que tocava com Maria João, Mário Laginha criou o Sexteto de Jazz de Lisboa, com Carlos Martins, Tomás Pimentel, Edgar Caramelo e os irmãos Pedro e Mário Barreiros, com os quais gravou o LP Ao Encontro, de 1988. Com os irmãos Barreiros tocou também em trio.
Mário Laginha foi investindo cada vez mais nas suas próprias composições, afastando-se da interpretação do jazz clássico e dos standards. Em 1987, com o apoio da Fundação Gulbenkian, estreou o Decateto de Mário Laginha durante o festival Jazz em Agosto; as composições e arranjos eram totalmente seus. Nesse mesmo ano, foi considerado pela crítica o melhor músico de Jazz português.
Ao longo dos anos, trabalhou em parceria com outros grandes nomes da música portuguesa: Pedro Burmester (o concerto de Dezembro de 1993, no Centro Cultural de Belém, deu origem ao disco “Duetos”), Carlos Bica, José Peixoto e José Salgueiro (na altura, 1991, conhecidos pelo nome de grupo Cal Viva), João Paulo Esteves da Silva (em 1993 criaram o grupo Almas & Danças).
Em 1994 lançou o primeiro disco assinado com o seu nome, Hoje. No mesmo ano saíu Danças, onde voltou a colaborar com Maria João, num duo e amizade pessoal que persistem até hoje. Os dois gravaram vários discos e colaboraram em espectáculos de teatro, cinema e outras artes.
Em 1999 Mário Laginha iniciou uma colaboração de grande êxito com Bernardo Sassetti. Desde então, deram vários concertos e lançaram dois álbuns: Mário Laginha e Bernardo Sassetti (2003), e Grândolas (2004), disco integrado na comemoração dos 30 anos do 25 de Abril.
Em 2005 gravou o seu primeiro disco a solo, Canções e Fugas.
Em 2007 actuou ao vivo com Pedro Burmester e Bernardo Sassetti, no CCB (lisboa), concerto esse que foi editado em DVD com o título 3 Pianos. O repertório inclui temas de música clássica, música erudita moderna e temas dos próprios pianistas.
Em 2008 tocou com Bernardo Sassetti e Camané no espectáculo Vadios, no CCB, num espectáculo que juntou o jazz e o fado.


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