sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Rádio e Música

A minha atracção pela música vem desde miúdo. Nos tempos em que não tinha televisão em casa, e acreditem foram vários anos, deleitava-me a ouvir rádio.
Só que a maior parte das vezes era “noite dentro” porque não tínhamos “licença de rádio”. (aos dias de hoje parece incrível... não é?)
Ouvia muita música das estações inglesas e francesas. Já que as nacionais, à noite, não davam grande música.
Essa atracção cresceu até aos dias de hoje. Pelo caminho acabei, também eu, por fazer rádio. Na altura das “rádios-piratas” tive um programa na “Rádio Cruzeiro”.
Passei esses meus gostos ao meu filho, António Sérgio, que vai passar a colaborar comigo neste pequeno e despretensioso “blog”.
Hoje trazemo-vos... Louis Armstrong em: What a Wonderful World... como forma de vos desejar uma óptima 6ª feira.


Louis Daniel Armstrong (Nova Orleans, 4 de Agosto de 1901Nova Iorque, 6 de Julho de 1971), é considerado "a personificação do jazz". Com sua voz e sua personalidade indiscutivelmente inconfundíveis e até hoje conhecidas até por aqueles que não são aficcionados por jazz, Louis Armstrong é um dos maiores expoentes do Jazz tanto como cantor quanto por primeiro grande solista, com seu trompete.
Trompetista, cornetista e cantor de
jazz natural dos Estados Unidos da América, Louis Armstrong é natural de Storyville, distrito de New Orleans conhecido por sua diversidade de ambientes. De prostíbulos a igrejas, passando por estabelecimentos diversos, Louis Armstrong conviveu nesse ambiente com a enorme pobreza em que nasceu e passou sua infância.
Tão logo Louis nasceu, seu pai abandonou sua família. Conciliando a liberdade das ruas e o trabalho para o sustento da família, o pequeno Louis desenvolvia-se e tornava-se uma criança extremamente esperta e adaptada à vida árdua. Tão logo conseguiu comprar uma
corneta (com dinheiro emprestado de uma família russa-judia, os Karnofskys), sozinho começou a aprender a tocá-la. Além do sopro, cantava com um grupo pelas ruas e avenidas por alguns trocados.
Os motivos que o levaram a um
reformatório enquanto jovem são nebulosos. Algumas biografias citam que o motivo foi uma confusão na rua. Já outras que o motivo foi Louis atirar algumas vezes para cima com um revólver em uma comemoração, um policial vê a cena e o encaminha a um reformatório, onde passaria um ano e meio de sua jovem vida. Porém, contrariando todas as prerrogativas, foi justamente essa temporada no reformatório que o fez ter um contato intensivo com a música, estudando com mais afinco bugle e corneta na banda do reformatório, banda que depois viria a liderar. No mesmo local começou a aprender harmonia. Já livre, fez diversos pequenos trabalhos para se sustentar, aproveitando cada oportunidade para conseguir emprestado uma corneta e tocar onde fosse possível dentre as inúmeras bandas que fervilhavam por Nova Orleans - uma música que, no entanto, ainda não caracterizava o jazz. Armstrong casou-se, ao todo, quatro vezes. A primeira delas aos 17 anos com uma prostituta de Louisiana. Mas a sua quarta esposa, Lucille, foi a mulher de sua vida.
Trajectória de sucesso
A estreia de Armstrong como um líder se deu em
12 de Novembro de 1925 com a criação do grupo Hot Five. Nos anos que se seguiram, Armstrong gravaria muito: junto aos Hot Five de 1925-1926, Hot Seven de 1927 e os Hot Five novamente de 1928 - os mais aclamados (esses com seis integrantes), com Earl Hines ao piano. Essa série de gravações é um marco histórico, ocupando um lugar central na história do jazz. Nelas, a genialidade de Armstrong se revela em sua plenitude. Durante esse período, Armstrong trabalha também com inúmeras orquestras. É nessa época que Louis definitivamente troca a corneta pelo trompete.
A partir de
1929, Armstrong deixa de lado os conjuntos pequenos para passar dezanove anos trabalhando apenas à frente de grandes orquestras, sempre como estrela e solista absoluto. Em 1932 e 1933 estreia em tournés pela Europa. Em 1938, Louis e Lilian (2ª esposa) se divorciam e ele se casa com Alpha Smith (3ª esposa). Em 1942, casa-se com Lucille Wilson, a qual viria a ser a mulher da sua vida até a morte. Nos anos 40, influenciado com o declínio do swing no pós-guerra, a música de Armstrong começa a ser considerada pelo público como um tanto fora de moda e antiquada.Em 1948, genialmente forma o Louis Armstrong and His All Stars, um sexteto apenas com grandes músicos, naqueles moldes do seu segundo Hot Five, agora com a participação do ex-clarinetista de Duke Ellington, Barney Bigard, o notável trombonista Jack Teagarden, o baixista Arvel Shaw, o grande baterista Sid Catlett, e o mestre Earl Hines ao piano। Esse conjunto se revela o contexto-base ideal para o desenvolvimento da essência da arte de Armstrong। Com o sexteto, Armstrong viaja em tourné por todo o mundo. Entretanto, ao passar o tempo, sucessivas mudanças ocorreram nos músicos dos All Stars, o padrão musical caiu sensivelmente, e a música se tornou mais previsível. Nas décadas de 50 e 60, Armstrong sobressai-se e torna-se uma celebridade sem paralelo no mundo da música popular, graças não só às suas muitas tournés e gravações, mas também às suas participações em filmes. Fonte: Wikipédia

1 comentário:

Caçadora de Emoções disse...

Muito bem! Desta vez trata-se de um Blog em equipa... Ainda por cima com o seu filhote.
Parabéns! É bom cultivar estas afinidades. Continuem...
Como adoro música não vou deixar de vos visitar de vez em quando.

Abraços para ambos e um grande sorriso :)