Lucília
Nunes de Ascensão do Carmo (Portalegre, 4 de Novembro de 1919 - Lisboa,
19 de Novembro de 1998) foi uma célebre fadista portuguesa, mãe
de Carlos do Carmo.
Aos
cinco anos, juntamente com a sua família, chefiada por seu pai Francisco,
estabelece-se em Lisboa.
A
sua estreia como fadista aconteceu no Retiro da Severa, no ano de 1936,
quando apenas contava 17 anos, na presença dos proprietários e empresários das
mais típicas casas de fado de Alfama, Bairro Alto e Mouraria,
tipicamente os três bairros fadistas de Lisboa. A sua presença
em palco e voz captaram as atenções do público e o reconhecimento
veio rapidamente.
Casada
com Alfredo de Almeida, em 1939, nasce o seu filho Carlos do Carmo que,
influenciado pela sua mãe, mais tarde se tornaria num grande fadista, com uma
bem sucedida carreira nacional e internacional.
Em 1947,
dois anos depois do fim da Segunda Grande Guerra, abriu a sua própria casa
de fados, chamada Adega da Lucília, que mais tarde mudou o nome para O
Faia. A casa, onde actuava frequentemente, localizava-se no Bairro Alto,
em plena Rua Barroca. Atraiu para o local alguns dos seus amigos, como Alfredo
Marceneiro e Tristão da Silva. Ary dos Santos, que frequentava O
Faia, disse da fadista «Lucília do Carmo é, quanto a mim, um clássico do fado!» .
Retirou-se
durante cinco anos das rodas culturais lisboetas, e partiu para o Brasil.
Após o seu retorno realizou algumas digressões no estrangeiro, mas poucos discos gravou.
Entre
os seus êxitos contam-se Leio em teus olhos, Foi na Travessa da Palha, Maria
Madalena, Não gosto de ti, Preciso de te ver, Senhora da Saúde, Olhos
garotos, Antigamente, Tia Dolores , Loucura ,Zé Maria, Lá
vai a Rosa Maria.
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