domingo, 24 de junho de 2012

Os Tártaros - Valsa da meia noite.


Oriundos do Porto, os Tártaros foram um dos grupos portugueses que, conjuntamente com os Titãs e o Conjunto Mistério, adaptaram a música popular portuguesa a um estilo de rock que, na altura, era apelidado no nosso país de yé yé.

Formados nos por Eduardo Alves (bateria), Hernâni de Melo (baixo, harmónica), Alberto Abreu (guitarra ritmo, órgão) e Joaquim Gualter (guitarra solo), participaram em vários concursos organizados, em Lisboa, no antigo Cinema Monumental tendo ficado, em 1966, em quinto lugar numa final ganha pelos Sheiks.. Para António Duarte, autor do livro "25 Anos de Rock n Portugal", os Tártaros estariam incluídos na categoria do yé yé populista, seja lá isso o que fôr... Em 1964 editam o seu mais famoso disco "Tartária", um EP, totalmente instrumental que inclui "Serei Feliz Com O Teu Amor", "Oh Rosa Arredonda a Saia", "Tartária" (que era uma espécie de hino oficial da banda) e "Valsa da Meia Noite". António Duarte considera o tema "Tartária" como um tema que ficará na história do rock português por se tratar do Twist mais speedado e louco feito até à data. O disco será reeditado em 1968. Os Tártaros ainda gravarão mais três EP's, dando depois por findas as suas actividades. Em 1997, a editora portuense Edisco lançou um CD intitulado "Valsa da Meia-Noite" onde se encontra compilada a sua discografia.

retirado de: http://underrrreview.blogspot.pt/2009/05/os-tartaros.html

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Silêncio (1966).



Conjunto Académico “Os Espaciais”.

Toni Moura (vocalista e guitarra solo), Vasco Moura (viola baixo), Tony Sampaio (órgão), Artur Lima (bateria) e Manuel Monteiro (viola ritmo).

Grupo do Porto formado em 1963 e fã dos Beatles, liderado por Guedes Moura (guitarrista e vocalista), que mais tarde veio a integrar o grupo Psico e colaborado também com os Tantra, com o nome de Toni Moura.

Moura gostava muito dos Beatles, preferência que se reflectiu na música que compôs e nos arranjos que efectuou para os Espaciais.

Este grupo gravou 4 EPs e durariam com esta designação até Outubro de 1969, altura em que passaram para Psico, mudando também de estilo e de objectivos musicais.

Neste EP que aqui se apresenta, Os Espaciais acompanham Alberta Monteiro nos temas: Contradição / Não, Não, Não, Não e Meu Ex-Amor.

Notas retiradas dos textos de António Duarte (25 anos de Rock ‘N Portugal) e da Enciclopédia da Música Ligeira Portuguesa (Luís Pinheiro de Almeida).

retirado de: http://musicasdosanos60.blogspot.pt/2011/01/conjunto-academico-os-espaciais-ep-1966.html


terça-feira, 12 de junho de 2012

Mãe - Conjunto de Oliveira Muge.


O Conjunto de Oliveira Muge, originário de Ovar/Aveiro, era inicialmente constituído por José Muge (piano), Joaquim Silva (baixo e vocalista), Alberto Capitão (acordeão), António Biscaia (bateria) e António Policarpo (viola e vocalista).

As suas primeiras actuações remontam aos longínquos anos de 1959/60, onde actuaram ao vivo em Ovar, no Café Progresso e Orfeão de Ovar e ainda noutras localidades do distrito de Aveiro, assim como no Porto, nos estúdios da RTP, com dois programas em directo e no Rádio Club Português (RCP/Norte).

No final da década de 50, António Oliveira Muge (já falecido) foi o primeiro a partir da sua terra natal (Ovar) para Vila Pery/Moçambique. Nessas terras de magia e feitiço, António Muge e mais tarde o seu irmão José Oliveira Muge, conjuntamente com António Policarpo Oliveira Costa e o Victor (um militar pertencente ao batalhão ali existente), formaram o grupo.

Começaram a notabilizar-se rapidamente, pois com um nível fora do comum, abrilhantavam bailes, festas e outros eventos, na região de Manica e Sofala.

Quando da passagem de José Muge e de Policarpo por Lourenço Marques, elementos do Rádio Clube de Moçambique foram ao paquete Infante D. Henrique, onde viajavam, convidá-los para fazer um programa ao vivo no auditório dos seus estúdios, programa esse que teve um grande sucesso.

Foram também convidados pelo comandante do paquete para ficar no navio como conjunto residente, em alternância com o que já lá actuava.

O Victor, entretanto, face à retirada para Portugal do batalhão a que pertencia, teve de deixar o conjunto, entrando para o seu lugar o António Biscaia, que, entretanto, vindo de Portugal, se juntou ao agrupamento, continuando o António Muge a tocar o contra-baixo.

Os êxitos iam-se repetindo, agora já fora das nossas fronteiras, especialmente em Salisbury, na Rodésia, onde todas as sextas-feiras iam aos estúdios da televisão local fazer o “Seven Three Oh Show”, em horário nobre.

Como também actuavam noutros locais dessa cidade, como clubes e hotéis, surgiu-lhes um contrato para actuar durante um mês em Nairobi, no Quénia, num dos melhores hotéis da capital, o “New Stanley Hotel” e onde também fizeram um programa de TV nos estúdios locais.

De novo em Moçambique, o Biscaia, por motivos imprevistos, teve de abandonar o conjunto, entrando para o seu lugar o José Violante que tocava baixo, passando o António Muge para a bateria.

Em 1964 foi-lhes concedido pela imprensa moçambicana, o primeiro prémio de “O Melhor Conjunto de Gente Nova”, o que contribuiu para que fossem solicitados a deslocar-se, além do “seu território” de Manica e Sofala, mas também a outras localidades como Lourenço Marques, onde actuaram e receberam o referido prémio, assim como a Quelimane, Nampula, António Enes, Tete, etc…

Em 1965, com o Sr. Moura da Rádio Aero Clube da Beira, foi editado o 1º EP, gravado nos estúdios da Emissora, embora com a tecnologia disponível, mas que mesmo assim, para a época, ficou bastante bom e obteve êxito.

Em 1966, surgiu a hipótese de se deslocarem à África do Sul, o que veio a acontecer. Em Joanesburgo, nos estúdios da EMI/Parlophone, gravaram o famoso disco, onde se incluía a faixa “A Mãe”, de autoria de António Policarpo, tema esse que nessa altura se dizia estar proibido de ser difundido em Portugal, por questões que se interligavam com a guerra do Ultramar.

Em 1967 voltaram a Joanesburgo, onde gravaram mais 2 EPs que também foram muito popularizados.

Era a época do Pop/Rock (Rock e Twist), no entanto o seu repertório baseava-se essencialmente na música italiana, espanhola e francesa (eram exímios).

Foi nessa época considerado um dos melhores conjuntos de Moçambique, de grande qualidade musical. Venderam numerosoa EPs e as suas canções passavam imensas vezes nas rádios. Os seus EPs gozavam de grande popularidade, colocando-se entre os tops dos 10 mais vendidos.

O tema “A Mãe” foi das canções mais solicitadas pelos militares em Moçambique, no período da Guerra Colonial.

Em 1968 regressaram temporariamente a Portugal, onde actuaram em bailes de carnaval de Ovar (1969), mais uma vez no Café Progresso e Orfeão de Ovar.

Entretanto decorria a Guerra Colonial. O grande êxito do compositor Policarpo Costa era sem dúvida uma canção sentimental que lembrava a separação, a dor da partida, a distância das famílias e os militares e acima de tudo as saudades que os militares tinham das suas “mães”.

retirado de: http://guedelhudos.blogspot.co.uk/2008/10/conjunto-de-oliveira-muge.html


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Luís Jardim e os Demónios Negros.


Os madeirenses Demónios Negros, do actualmente televisivo Luís Jardim, foram os vencedores da 2ª eliminatória do Concurso Yé-Yé que se realizou no dia 04 de Setembro de 1965, no Teatro Monumental, em Lisboa. Obtiveram 35 pontos. O segundo lugar foi para os Twist Star, de Póvoa de Sta Iria, com 25 pontos, o terceiro para os Fliers, de Cascais, com 20,5. Depois do podium, ficaram Primavera Em Sintra (Sintra, 13,5 pontos) e os Kalifas (Torres Novas, 10 pontos). Segundo a reportagem da revista "Rádio & Televisão, os Demónios Negros eram formados por Alberto Manso, 17 anos, vocalista e baterista, Tiago Camacho, 17, viola baixo, Luís Jardim, 15, viola ritmo, e Óscar Gonçalves, 18, viola solo.

Retirado de: http://guedelhudos.blogspot.co.uk/2008/03/demnios-solta-no-i-i.html