quarta-feira, 26 de maio de 2010

Porque...




Francisco Fanhais (Praia do Ribatejo, 17 de Maio de 1941), sacerdote e cantor português.
Intérprete da música de intervenção, Francisco Fanhais entrou para o seminário com dez anos e, em 1964, foi ordenado padre.
Através da música tornou-se expoente máximo dos católicos progressistas que, desde a célebre carta de D. António Ferreira Gomes, bispo do Porto, a Salazar, em 1958, se demarcavam progressivamente da ditadura.
Emergiu na ribalta da música portuguesa após a participação no célebre programa de televisão Zip-Zip. Ainda em 1969 lança Cantilenas, o seu disco de estreia. Aparece na capa do primeiro numero da revista Mundo da Canção, editada em 19 de Dezembro de 1969. O seu álbum Canções da Cidade Nova é editado em 1970. A partir de poemas de Sophia de Mello Breyner, musicou Cantanta da Paz e Porque.
Impedido de cantar, de exercer o sacerdócio e de leccionar nas escolas oficiais, emigra para França em 1971. Entretanto torna-se militante da LUAR, de Emídio Guerreiro.
Regressa a Portugal após o 25 de Abril de 1974 e colabora nas campanhas de dinamização cultural do Movimento das Forças Armadas. Em 1975 é um dos participantes no disco República de José Afonso, gravado ao vivo em Itália.
No disco Ao Vivo no Coliseu de José Afonso, aparece a fazer coros na canção Natal dos Simples.
Em 1993 junta-se a Manuel e Pedro Barroso para apresentarem o espectáculo Encontro. Em 1995 recebeu a Ordem da Liberdade, por ocasião das comemorações do Dia de Portugal.
A editora Strauss reeditou, em 1998, o disco Canções da Cidade Nova com o novo título de Dedicatória. A servir de capa foi colocado o manuscrito da dedicatória de José Afonso que aparecia na contracapa da edição original.
(FONTE: WIKIPÉDIA)


quarta-feira, 19 de maio de 2010

O Charlatão




José Mário Branco (n. Porto, 25 de Maio de 1942) é um músico e compositor (cf. cantautor) português.
Filho de professores primários, cresceu no Porto e frequentou o curso de História, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, que não concluiu. Expoente da música de intervenção portuguesa, iniciou a sua carreira durante o Estado Novo, tendo sido perseguido e exilado em França, entre 1963 e 1974. Com ele trabalharam José Afonso, Sérgio Godinho, Luís Represas, Fausto e Camané, entre outros, com os quais participou em concertos ou em álbuns editados como cantautor e/ou como responsável pelos arranjos musicais. Igualmente compôs e cantou para o teatro, o cinema e a televisão. Em 1974 fundou o GAC - Grupo de Acção Cultural com o qual gravou dois álbuns.
Entre música de intervenção, fado e outras, são obras suas famosas os discos Ser Solidário, Margem de Certa Maneira, A noite e o emblemático FMI, obra síntese do movimento revolucionário português com seus sonhos e desencantos. Esta última foi pelo próprio proibida de passar em qualquer rádio, TV ou outro tipo de exibição pública. Não obstante este facto, FMI será, provavelmente, a sua obra mais conhecida. O seu álbum mais recente, lançado em 2004, intitula-se Resistir é Vencer em homenagem ao povo timorense que resistiu durante décadas à ocupação pelas forças da Indonésia logo após o 25 de Abril. O ideário socialista está expresso em muitas das suas letras.
Em 2006, com 64 anos, José Mário Branco iniciou uma licenciatura em Linguística, na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. Terminou o 1º ano com média de 19,1 valores, sendo considerado o melhor aluno do seu curso. Os prémios que lhe foram atribuídos, rejeitou, dizendo que é «algo normal numa carreira académica».


Fonte: Wikipédia


quinta-feira, 13 de maio de 2010

Queda do Império.




Vitorino Salomé Vieira, ou apenas Vitorino, como é conhecido, (Redondo, no Alentejo, em 1942) é um cantor português. A sua música combina o folclore tradicional do Alentejo e o estilo urbano e popular da sua voz.
Conheceu Zeca Afonso, de quem se tornou amigo, quando estava a fazer a recruta no Algarve. Fixou-se em Lisboa a partir dos 20 anos, onde se associou à noite, às tertúlias e aos prazeres boémios. Em 1968 entrou para o Curso de Belas Artes. Emigrado em França, estudou pintura.
Colaborou em discos de José Afonso, "Coro dos Tribunais", e Fausto. Actuou no célebre concerto de Março de 1974, I Encontro da Canção Portuguesa, que decorreu no Coliseu dos Recreios. Lançou nesse ano o seu primeiro single: "Morra Quem Não Tem Amores".
Participou no disco "Cantigas de Ida e Volta" conjuntamente com outros nomes como Fausto, Sheila e Sérgio Godinho.
Em 1975, estreou com o seu primeiro disco que incluía uma das canções mais importantes do imaginário português: “Menina estás à janela”. No álbum "Semear Salsa ao Reguinho" aparecem ainda canções como "Cantiga d'um Marginal do séc. XIX", "A primavera do Outono", "Cantiga de Uma Greve de Verão" e "Morra Quem Não Tem Amores".
Em 1977 foi editado o disco "Os Malteses" que inclui "Oh Beja, Terível Beja". Vitorino foi também o produtor do disco "Ó Rama Ó Que Linda Rama" de Teresa Silva Carvalho, editado nesse ano.
O Grupo de Cantares do Redondo, da qual fazia parte, lançou em 1978 o disco "O Cante da Terra".
O álbum "Não Há Terra Que Resista - Contraponto", que inclui o tema "Dá-me Cá Os Braços Teus", foi editado em 1979.
"Romances", editado em 1980, conta com a colaboração especial de Pedro Caldeira Cabral. "Indo Eu Por I Abaixo" e "Laurinda" são algumas das canções deste disco.
O álbum "Flor de la Mar", editado em 1983, incluiu temas como "Queda do Império", com Filipa Pais, "Cervejaria da Trindade", "Marcha Ingénua" e "Dama de Copas".
"Leitaria Garrett" é lançado no Outono de 1984. "Tinta Verde", "Leitaria Garrett", "Tragédia da Rua das Gáveas", "Andando Pela Vida", "Poema", "Menina Estás À Janela" (com o Opus Ensemble) e "Postal para D. João III" são alguns dos temas.
Em Dezembro de 1985 foi editado o álbum "Sul" com temas como "Meninas", "Sul" e "Homens do Largo". Um ano depois foi editado o máxi-single "Joana Rosa".
O álbum "Negro Fado", co-produzido por António Emiliano e José Manuel Marreiros, foi editado em Abril de 1988. O disco inclui temas como "Vou-me Embora", "Negro Fado", "Flor de Jacarandá" e uma versão em crioulo de "Joana Rosa". O disco vence o Prémio José Afonso.
"Cantigas de Encantar", com a participação dos seus sobrinhos, foi lançado em Novembro de 1989. O disco inclui um livro com dez histórias populares.
Em 1990 surgiu com o quarteto Lua Extravagante, com Filipa Pais e os seus irmãos Janita e Carlos Salomé. O álbum homónimo surgiu em 1991 com canções como "Lua de Papel", "Ilha" ou "Adeus Ó Serra da Lapa".
Com o álbum "Eu Que Me Comovo Por Tudo E Por Nada", de 1992, com textos de António Lobo Antunes, venceu o Prémio José Afonso/93 e o Se7e de Ouro/92 para música popular. Os temas mais conhecidos deste disco são "Bolero do Coronel Sensível Que Fez Amor Em Monsanto", "Tango do Marido Infiel Numa Pensão do Beato" e "Ana II".
Em 1993 foi editada a compilação "As Mais Bonitas" com regravações de "Laurinda" e de "Menina Estás À Janela" e a gravação de Vitorino para "Ó Rama Ó Que Linda Rama".
O álbum "A Canção do Bandido", editado em Novembro de 1995, inclui canções como "Nomes do Amor", "Fado da Prostituta", "Tocador de Concertina" e "Fado Alexandrino". É um dos discos candidatos ao Prémio José Afonso.
Foi fundador do projecto Rio Grande juntamente com Rui Veloso, Tim, João Gil e Jorge Palma. O disco de estreia foi editado em Dezembro de 1996. Em Dezembro de 1997 é editado o álbum "Dia de Concerto" com gravações ao vivo dos Rio Grande.
Vitorino, Janita Salomé, Rui Alves, Ricardo Rocha e João Paulo Esteves da Silva apresentaram no CCB, no âmbito do festival dos 100 dias da Expo-98, os dois espectáculos "A Utopia e a Música" onde apresentaram um repertório menos conhecido de Zeca Afonso.
Com a brasileira Elba Ramalho participou, em 1999, num dos programas "Atlântico" de Eugénia Melo e Castro.
Em 1999 gravou um disco em Cuba com o Septeto Habanero. "Desde El Día En Que Te Vi" e "Toda Una Vida" foram os temas em maior destaque do disco "La Habana 99".
Participou, com Pedro Barroso e Isabel Silvestre, na campanha da Fenprof para colocar novamente de pé o sistema educativo timorense. No disco "Uma Escola Para Timor", de 2000, são interpretadas canções do professor e músico Rui Moura.
Em Novembro de 2001 foi editado "Alentejanas e Amorosas". O disco inclui os temas "Vou-me Embora Vou Partir", "Alentejanas e Amorosas", "Meu Querido Corto Maltese","Ausência em Valsa", "Cão Negro", "Constança", "Bárbara Rosinha", "Dona dos Olhos Castanhos", "Paixão e Dúvida", "Mariana à Janela", "Coração ao Deus Dará" e "Guerrilha Alentejana". Inclui também o tema da série "Estação da Minha Vida".
A compilação "As Mais Bonitas 2 - Ao Alcançe da Mão" é editada em finais de 2002. Inclui os inéditos "Galope" e "O Dia Em Que Me Queiras". Colabora num dos temas do projecto Cabeças No Ar.
"Ao Alcance da Mão" é o nome de um 'songbook', editado em Junho de 2003 pela editora D. Quixote, com 25 canções do seu repertório. O livro é acompanhado de um CD onde interpreta os temas "Menina Estás à Janela", "Queda do Império" e "Alentejanas e Amorosas".
O álbum "Os Amigos - Coimbra nos arranjos de António Brojo e António Portugal" conta com a participação de Vitorino, Luís Góis, Janita Salomé, Almeida Santos, Manuel Alegre, entre outros.
Em Abril de 2004 foi lançado o disco “Utopia”, de Vitorino e de Janita Salomé, com o registo dos dois concertos realizados no CCB em Fevereiro de 1998. Ainda em 2004 é editado o álbum "Ninguém Nos Ganha Aos Matraquilhos!" que contou com a colaboração de nomes como Rui Veloso, Manuel João Veira e Silvia Filipe.
A completar 30 anos de carreira, foi editada em Fevereiro de 2006 a compilação "Tudo" com 50 canções em três discos temáticos subordinados ao "O Alentejo", "Lisboa" e "O Amor". Em Abril de 2006, Manuel Freire, Vitorino e José Jorge Letria cantaram Abril aos mais novos no disco "Abril, Abrilzinho" que foi lançado através do jornal Público.


Artigo retirado da: wikipédia

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A Voar por cima das águas.



Fausto Bordalo Dias, de seu nome completo Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias, também conhecido simplesmente por Fausto (Vila Franca das Naves, 26 de Novembro de 1948) é um compositor e cantor português.
Em Angola formou o primeiro grupo chamado Os Rebeldes.
Em 1968 começa em Lisboa os seus estudos universitários. Grava o seu primeiro disco em 1970.
Com 12 discos gravados entre 1970 e 2005 (dez de originais, uma colectânea regravada e um disco ao vivo), Fausto é presentemente um dos mais importantes nomes da música em geral e da música popular portuguesa em particular.
A sua obra tem sido revisitada por nomes como Mafalda Arnauth, Né Ladeiras, Teresa Salgueiro ou Cristina Branco.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Trova do vento que passa




Adriano Maria Correia Gomes de Oliveira (n. Avintes, 9 de Abril de 1942 — m. Avintes, 16 de Outubro de 1982), foi um músico português.
Intérprete do Fado de Coimbra e elemento da geração de cantores da resistência ao Estado Novo, conhecida como música de intervenção chegando também a actuar com Zeca Afonso nos tempos do TEP (Teatro Experimental do Porto).
Cresceu no seio de uma família tradicionalista católica. Concluído o ensino liceal no Porto foi para Coimbra em 1959, estudando Direito. Foi repúblico na Real Repúbica Ras-Teparta, solista no Orfeon Académico de Coimbra, fez parte do Grupo Universitário de Danças e Cantares e do Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra e tocou guitarra no Conjunto Ligeiro da Tuna Académica de Coimbra.
Militante do Partido Comunista Português, a partir da década de 1960, envolveu-se nas greves académicas de 1962 e concorreu à Direcção da Associação Académica de Coimbra, numa lista apoiada pelo Movimento de Unidade Democrática (MUD).
Em 1963 editava o primeiro EP, acompanhado por António Portugal e Rui Pato, "Fados de Coimbra", que continha "Trova do vento que passa", balada fundamental da sua carreira, com poema de Manuel Alegre, transformado numa espécie de hino do movimento estudantil de contestação ao regime.
Em 1967 gravou o álbum "Adriano Correia de Oliveira", que entre outras canções tinha Canção com lágrimas.
Quando lhe faltava uma disciplina para terminar o curso de Direito, trocou Coimbra por Lisboa, trabalhando no Gabinete de Imprensa da Feira Industrial de Lisboa e como produtor da Editora Orfeu. Em 1969 editou "O Canto e as Armas" tendo todas as canções poesia de Manuel Alegre. Nesse mesmo ano ganhou o Prémio Pozal Domingues.
Após o fim do serviço militar lança, em 1970, o álbum "Cantaremos".
Em 1971 é editado o disco "Gente d'Aqui e de Agora", que marca o primeiro arranjo, como maestro, do ainda jovem José Calvário, que tinha vinte anos. José Niza foi o principal compositor neste disco que precedeu um silêncio de quatro anos, recusando-se Adriano a enviar os textos à Censura.
Em 1973 é editado o disco "Fados de Coimbra". Com Carlos Vargas funda a editora Edicta.
Em 1975 lançou "Que Nunca Mais", com direcção musical de Fausto e textos de Manuel da Fonseca. Este álbum levou a revista inglesa Music Week a elegê-lo como Artista do Ano.
Foi um dos fundadores da Cooperativa Cantabril. Publicou o seu último álbum, "Cantigas Portuguesas", em 1980. No ano seguinte, numa altura em que a sua saúde já se encontrava degradada, rompeu com a direcção da Cantabril e ingressou na Cooperativa Era Nova.
Em 1982, com quarenta anos, num sábado, dia 16 de Outubro, morreu em Avintes, nos braços da mãe, vitimado por uma hemorragia esofágica.
O álbum "Gente de aqui e de agora" aparece numa selecção feita pelo Jornal Público.
Em 2001 é lançada a compilação "Vinte anos de canções (1960-1980)".
É lançado um disco de tributo com a participação de nomes como Tim, Margarida Pinto, Mazgani, Nuno Prata, Miguel Guedes, entre outros.
A discografia completa de Adriano é lançada em 7 volumes pelo jornal Público.
O primeiro LP de Adriano Correia de Oliveira foi eleito, em 2009, o 6º melhor português da década de 60 pela revista BLITZ.


Fonte: Wikipédia


segunda-feira, 3 de maio de 2010

Cantarei.

António Pedro da Silva Chora Barroso (n. Lisboa, 28 de Novembro de 1950), cantor popular português.
Cresceu em Riachos, terra natal do pai, professor do Ensino Primário. Aos quinze anos estreava-se na rádio, fazendo teatro radiofónico com Odette de Saint-Maurice, na Emissora Nacional. Em Dezembro de 1969 é um dos cantautores revelados pelo Zip-Zip, programa antológico da RTP. Em 1970 apresenta o primeiro disco, Trova-dor. Vai para o Teatro Experimental de Cascais nesse ano. Sob a direcção do encenador Carlos Avilez, participa como actor nas peças Fuenteovejuna de Lope de Vega e Breve Sumário da História de Deus de Gil Vicente, entre outros, juntamente com José Jorge Letria e António Macedo. É editado em 1976 o seu primeiro álbum de longa duração, intitulado Lutas Velhas, Canto Novo.
Foi distinguido com o Troféu Karolinka no Festival Menschen und Meer, realizado na RDA, em 1981. Participou, em 1982, no Festival da Canção da Rádio Comercial com Cantar Brejeiro. Em 1983 obteve grande sucesso com Ai Consta. Recebeu o prémio para a melhor canção de 1987 com Menina dos Olhos d’Água.
Publicou o livro de ficção
A história maravilhosa do país bimbo (2004) e Sensual Idade (2008), sobre os seus quarenta anos de carreira.
Pedro Barroso fez o curso de Educação Física do Instituto Nacional de Educação Física (actual Faculdade de Motricidade Humana) (1973) e foi professor no Ensino Secundário, durante mais de vinte anos. Mais tarde obteve um diploma pós-graduado em Psicoterapia Comportamental (1988), tendo trabalhado na área da Saúde Mental e Musicoterapia durante alguns anos. Foi, neste campo, pioneiro no ensino de crianças surdas-mudas, numa escola de ensino especial de Lisboa.
Fonte: wikipédia