quinta-feira, 31 de maio de 2012

I'm a Believer (Monkees Cover)




Os Chinchilas


Banda de Filipe Mendes que actuou no Festival de Vilar de Mouros de 1971 extra concurso (“à borla”).

O grupo durou de 1965 a 1970. Grupo liderado pelo guitarrista Felipe Mendes , apelidado de “Mendrix” devido à admiracão que tinha por Jimi Hendrix. Outros elementos foram Victor Mamede (bateria, mais tarde ligado à televisão), Zé Chopin (que mais tarde foi director da programação musical do Casino Estoril) e o baixista dos Ferro & Fogo. O maior sucesso do grupo foi uma versão de «I’m a Believer»dos Monkees.

Gravaram vários ep’s e participaram em duas colectâneas.

Os “Chinchilas” participaram no “Grande Concurso Yé-Yé” realizado em Lisboa em 1966, no Teatro Monumental, tendo obtido o 6º lugar. A classificação final foi a seguinte:

1.° Claves, 55 pontos (pontuação máxima)
2.° Rocks (de Angola, com Eduardo Nacimento), 45
3.° Night Stars, 39,5
4.° Jets, 35
5.° Ekos, 29,5
6.° Chinchilas, 29
7.° Espaciais, 18
8.° Tubarões, 18.
retirado de: http://www.lastfm.com.br/music/Os+Chinchilas


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Conjunto Mistério - Sonho do Espaço (1964)


"A origem do Conjunto Mistério pode ser encontrada em finais dos anos 50, princípios dos anos 60, quando cinco jovens da zona de Cascais formam um grupo a que dão o nome de Nova Onda, um dos primeiros conjuntos portugueses ao estilo dos Shadows.

Pouco tempo depois o Nova Onda dá lugar ao Conjunto Mistério, de que fazem parte Luís Waddington (guitarra-solo), Edmundo Silva (baixo), ambos transitando do anterior grupo, António Moniz Pereira (ritmo) e Miguel Artur da Silveira, "Michel" (bateria).

Com boas aparelhagens e bons instrumentos, o Conjunto Mistério lança-se a tocar temas populares portugueses e instrumentais. Conheciam Carlos Cruz, Joaquim Pedro e João Martins, então responsáveis do programa radiofónico «23ª Hora», na Rádio Renascença, a quem foram apresentar as músicas que costumavam tocar. Como não tinham decidido ainda qual o nome do grupo, foram apresentados nas ondas hertzianas por Carlos Cruz como «um grupo novo cujo nome é ainda mistério, pois não têm nome».

Daí surgiu a ideia de lançar um concurso de ideias. «Só que os nomes que foram sugeridos eram tão maus que decidimos ficar pelo Mistério", conta Edmundo Silva. Ganham um concurso entre 19 grupos portugueses no cinema Roma, apresentado por Fernando Pessa, como complemento às sessões do filme "Summer Holiday / Mocidade em Férias", com Cliff Richard e Os Shadows.

O prémio foi uma viagem a Londres para conhecer o célebre grupo londrino. A partir dessa data a fama do grupo começa a estabelecer-se e são editados os primeiros Eps. Começava também por essa época a carreira do Duo Ouro Negro e rapidamente o Conjunto Mistério passou a ser o grupo de acompanhamento preferido de Raul Indipwo e de Milo Mac Mahon, tendo gravado com os artistas angolanos nomeadamente o famoso EP Kwela.

Em 1964 o Conjunto Mistério passa para cinco elementos, com a entrada do vocalista Edmundo Falé, vindo dos Ekos.

Mas a vida atribulada do Mistério em termos de músicos não acaba e em Setembro de 1964 é a vez de Edmundo Silva passar para Os Sheiks, sendo substituído por Mário Terra. Em 1967 o Conjunto Mistério desfaz-se e das suas cinzas nasce o Quarteto 1111, com José Cid, Michel, António Moniz Pereira e Mário Terra.

(notas extraídas da "Enciclopédia da Música Ligeira Portuguesa", de Luís e João Pinheiro de Almeida)"

in http://musicasdosanos60.blogspot.com/search/label/Conjunto%20Mist%C3%A9rio


quinta-feira, 17 de maio de 2012

House of Rising Sun


No Portugal dos anos 60 surgiram muitos Conjuntos Académicos: Conjunto Académico Os Espaciais, Conjunto Académico Orfeu, etc.
Um dos mais famosos foi o Conjunto Académico João Paulo, assim chamado no início da sua carreira. Lá mais para o final da sua existência já só era Conjunto João Paulo, tendo retirado o “Académico” do seu nome.
O Conjunto Académico João Paulo formou-se na Madeira, tendo como membros João Paulo (falecido em 2007), Sérgio Borges, Carlos Alberto, Rui Brazão, Ângelo Moura e José Gualberto (falecido em 2004). Sérgio Borges era o vocalista.


António Ascensão (mimo-imitações) fez parte da primeira formação, chegando a gravar o 1º disco. Bruno Brasão, contrabaixo, também fez parte da primeira formação, mas não chegou a gravar.
Por serem um grupo de jovens estudantes e pela alegria das suas canções, como “Hully Gully do Montanhês” ou “Milena (A da Praia)”, tornaram-se famosos não só na Madeira, mas, também, no Continente.
Foram contratados pelo empresário Vasco Morgado para realizarem espectáculos no Teatro Monumental.


Ainda fora da época daquilo que ficaria conhecido como o “yé yé”, este conjunto começou por gravar versões de grandes êxitos da canção francesa e italiana, na época muito conhecidos.
Entre outros, o Conjunto Académico João Paulo, gravou versões de Adamo, Gilbert Bécaud ou Charles Aznavour, um pouco antes da verdadeira explosão do Rock português por nomes como os Sheiks ou os Ekos.
O Conjunto Académico João Paulo passou, várias vezes, em programas da RTP, por ser uma banda que não punha quase nada em causa, sendo mais para puro entretenimento.


Em 1966 o Conjunto concorre ao Festival RTP da Canção com o tema “Nunca Direi Adeus”.
Sérgio Borges concorreu, também ao Festival RTP com o tema “Onde Vais Rio Que Eu Canto”, em 1970. Este foi o ano em que a RTP resolveu não participar no Festival Eurovisão da Canção.
O Conjunto Académico João Paulo gravou também com a cantora sul-africana Vickie um single, que teve edição comercial.
Após Sérgio Borges ter ganho o Festival da RTP, os EP’s do grupo passaram a ser em nome de Sérgio Borges e o Conjunto João Paulo, como no EP “Nascer”.


Apesar de não terem ganho o Festival RTP da Canção editaram um EP com o título “Eurovisão” (em 1966).
Foram inúmeros os EP’s que o Conjunto Académico gravou, tais como “Conjunto João Paulo” (1965), “De Novo com João Paulo e o Seu Conjunto Académico (1966), “Poema de Um Homem Só” (1968), “Kilimandjaro” (1968) ou “O Louco” (1968).
A parte final da carreira desta banda é, musicalmente, mais interessante, notando-se uma aproximação a estéticas musicais mais avançadas. Até a capa do EP “O Louco” já está mais próxima de uma estética psicadélica e mais longe da música de cópia do início da carreira.


Em 1993 a Valentim de Carvalho editou algum do espólio do grupo num CD intitulado “Os Grandes Êxitos do Conjunto Académico João Paulo”. Mais tarde, a mesma editora lançaria uma nova colectânea do grupo intitulada “Antologia da Música Popular Portuguesa” (1990).
No entanto, muitos temas gravados em EP, na sua fase mais criativa, não conheceram nunca edição em formato digital.

retirado de: http://bloguedosergio.blogs.sapo.pt/6631.html

quinta-feira, 10 de maio de 2012

I Call Your Name


Como é comummente considerado, o rock português ou o rock feito em Portugal nasceu em Coimbra, em 1956, quando José Cid, estudante de Direito, forma os Babies, com guitarras eléctricas e bateria.

Mandando às urtigas as valsas e os tangos tradicionais, os Babies abraçam a nova onda da América, traduzida nos rocks de Bill Haley, Chuck Berry e outros, acabados de nascer, e espalham os novos ritmos pelos bailes de estudantes.

Em 1966, a mãe do rock, sem canudo, troca Coimbra por Lisboa e depois de ter passado pelo Conjunto Mistério funda um dos mais notáveis grupos que alguma vez Portugal ouviu, o Quarteto 1111.

Em Coimbra, que já tinha o seu nome inscrito a letras de ouro na história da música portuguesa - para não ir mais longe, basta citar o nome de José Afonso -, ficou a semente deixada pelos Babies.

E os conjuntos yé-yé floresceram em Coimbra e em todo o País, atrás também de Daniel Bacelar, Zeca do Rock, Victor Gomes, Fernando Conde, grandes pioneiros. E os Festivais também (a final do Festival de Coimbraantecedeu em uma semana o Nacional, realizado em Lisboa).

Apesar de tudo, nesta época, a juventude portuguesa tinha mais uma metralhadora na mão do que uma guitarra.

Além dos grupos próprios da Universidade, Coimbra viu muitas bandas, algumas delas com estudantes-músicos em comum, como os Álamos, Conjunto Universitário Hi-FI, Protões, Cocktails, Playboys, Boys, Lordes ou mesmo Duarte & Ciríaco.

O Conjunto Universitário Hi-Fi surgiu em finais de 1966 formado por Alexandre Carlos Reboxo Vaz, António Manuel Sousa Freitas, Luís Manuel Bulhões Pimentel Paula de Matos, Carlos Manuel Correia e Ana Maria.

Alexandre Carlos Reboxo Vaz - é o viola-baixo. Tem 18 anos e frequenta o 2º ano de Direito. É um apaixonado pelos espirituais negros e pelos blues de Ray Charles. Detesta imitações e preocupa-se em criar o seu próprio estilo. Foi, com Luís, o fundador do conjunto. Em banjo e guitarra executavam melodias do folclore americano. Vinha dos Boys.

António Manuel Sousa Freitas - tem 19 anos e finaliza o 7º ano liceal. É o bateria do conjunto, onde gosta de executar solos. Adora jazz acima de tudo e detesta cantar. Instrumentos preferidos: órgão e bateria. É o elemento mais recente do conjunto recém-vindo de Lisboa, onde nasceu e onde fez parte de agrupamentos de renome. Em 1968 foi substituído por Luís Monteiro. É filho do poeta/letrista António Sousa Freitas.

Luís Manuel Bulhões Pimentel Paula de Matos - viola que prefere não eléctrica. Tem 20 anos, estuda engenharia e é a voz mais alta do conjunto. Do seu entusiasmo nasceu o agrupamento. As preferências musicais vão para os Four Freshman e Bill Evans. Não suporta fífias nem mesmo nos ensaios. Interrompe a melodia e manda recomeçar. Vinha dos Boys. É natural dos Açores.

Carlos Manuel Correia - estuda engenharia electrotécnica. Gosta de toda a música em geral, desde que seja bem interpretada, com saliência para jazz e bossa, West Montgomery, Charlie Byrd e João Gilberto. Conta 20 anos é o solista do conjunto. Compõe melodias e faz arranjos, de acordo com o estilo do conjunto. Também não gosta de imitações. Vinha dos Boys. Nasceu em Chinguar (Angola). Em 1968 foi para os Álamos. É Doutor em Matemáticas e professor universitário em Coimbra.

Ana Maria dos Santos Silva Delgado - tem 17 anos. Aluna do 7º ano liceal, é a vocalista do conjunto e começou a cantar por brincadeira no dia 26 de Março de 1966. Preocupa-a o estilo, tipo Sylvie Vartan. Para isso, grava quase todos os ensaios para poder corrigir defeitos. Preferências: Ella Fitzgerald e Joan Baez. Sempre que os estudos o permitem (e, às vezes, com prejuízo destes) ensaiam. Nasceu em Coimbra. É doutorada na Alemanha (Germânicas), onde é professora catedrática.

Esta formação do Conjunto Universitário Hi-Fi, do início de 1967, teve como origem os Boys, a que se juntaram António Freitas e Ana Maria.

Texto tirado de: http://guedelhudos.blogspot.pt/2008/05/conjunto-universitrio-hi-fi.html

domingo, 6 de maio de 2012

A Canção da Saudade


Victor Gomes foi, quiçá, o mais carismático ícone do rock’n’roll português. Depois de ter ganho fama e glória em Angola, Victor Gomes veio para Portugal em 1963, onde se juntou aos Gatos Negros, colectivo da Trafaria, que durante cerca de dois anos cantou o rock de raízes americanas na língua de Camões.

Os Gatos Negros foram um fugaz caso de sucesso inusitado, ao chegarem ao ponto de encherem a Praça do Saldanha, numa altura em que qualquer ajuntamento com mais de cinco pessoas era estritamente proibido. A imagem rebelde de Victor Gomes arrebatava os corações femininos e os rapazes queriam ser como ele – uma espécie de James Dean português. Mais tarde experimentaria também o cinema, com “A Canção Da Saudade”.

Retirado de: http://www.ruadebaixo.com/a-historia-do-rock-em-portugal.html


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Missing You.


Os Sheiks, cujo primeiro nome foi Windsores, começaram por tocar em festas e espectáculos organizados por escolas e universidades. Em 1965 editaram o seu EP de estreia que incluía uma versão do conhecido Summertime de George Gershwin. Ainda nesse ano, em Setembro, Barreto sai para dar lugar a Edmundo Silva (viola baixo), ex-Conjunto Mistério.

No dia 9 de Outubro de 1965 participam na 7ª eliminatória do Concurso Ié-Ié no Teatro Monumental (Lisboa) tendo ficado em primeiro lugar (43 pontos), batendo os Tubarões, de Viseu, os Galãs, do Porto, os Czares, de Aveiro, e os Jovens do Ritmo, de Amora-Seixal.

No início de 1966 lançaram o segundo EP com temas como Missing You e "Tell Me Bird", os mais conhecidos do grupo.

No dia 8 de Janeiro de 1966, ganharam com 49 pontos a primeira meia-final do Concurso Ié-Ié, à frente dos Chinchilas, de Carcavelos, dos Demónios Negros, do Funchal, dos Diamantes Negros, de Sintra, dos Tártaros, do Porto, dos Bárbaros, de Arcos de Valdevez, e dos Sombras da Parede, de Parede.

Os Sheiks viriam a falhar a final no dia 30 de Abril de 1966 (ganharam os Claves) por terem tido nesse dia um espectáculo na Queima das Fitas de Coimbra.

Nesse ano actuam com alguns artistas internacionais como Searchers, Nino Ferrer, entre outros.

No ano de 1966 editaram mais três EP: no primeiro destaca-se a balada “Lonely Lost And Sad”; no segundo as versões de “These Boots Are Made For Walkin'” (Nancy Sinatra) e de “Michèlle” (Beatles); o terceiro inclui os temas “I've Got To Give Up”, “Try To Understand”, "Tears Are Coming" e "I'm Feeling Down".

Missing You é editado em Espanha, Inglaterra e França. Em França alcança mesmo o 8º lugar de vendas no top de Paris e chegam a fazer uma temporada no Le Bilboquet de Paris, entre 8 e 11 de Dezembro de 1966. Nessa cidade gravam o EP Sheiks em Paris. Por falta da autorização da família de um dos elementos tiveram de recusar um convite de um empresário que representava então os Rolling Stones em França.

No regresso a Lisboa, Carlos Mendes deixa a banda para prosseguir os estudos e é substituído por Fernando Tordo. É com esta formação que é gravado um novo disco que inclui a faixa “That's All”. Com a saída de Paulo de Carvalho, em 1968, o grupo desintegra-se.

Em 1973 são editados dois singles em formato estéreo, "Missing You/Tell Me Bird" e "Lord, Let It Rain/Bad Girl".

Em 1979, regressam, por iniciativa de Fernando Chaby, com a sua principal formação (Paulo de Carvalho, Carlos Mendes, Edmundo Silva e Chaby). Lançam o LP Pintados de Fresco", gravado em Madrid, onde recuperam temas do grupo ("Tell Me Bird", "Got To Keep On Dancing", "Baby Don't Cry", "Lonely, Lost And Sad", "Missin' You", "Loving Life As It Comes (Tears Are Coming)", "My Mother's Advice", "Lord Let It Rain") com novos arranjos. A EMI edita a compilação "Os 20 Mais dos Sheiks".

No ano seguinte é editado o álbum Com Cobertura ("Sheiks Com Cobertura", "Rockinho Mandado", "Pedreiro", "Põe-te A Pau", "O Que Há A Fazer", "Reggae do Jardim", "Com Pedras Na Mão", "Porto de Abrigo", "Vida Danada" e "Uma Canção..."). Apresentam na televisão uma série de 13 programas denominada "Sheiks Com Cobertura".

Em 1993 foi editada a compilação "Os Grandes Êxitos dos Sheiks" com temas do grupo entre 1965 a 1967, transpostos pela primeira vez para o formato CD. Em 1996 foi lançada também uma colectânea na série económica "Caravela". A Movieplay editou também duas compilações, nas séries "Melhor dos Melhores" e "Clássicos da Renascença", com os temas gravados para a editora Nova.

O grupo tem-se reunindo nos últimos anos para espectáculos esporádicos, designadamente em 2005 no IberRock (Viseu). Em 2007 voltaram a actuar em vários locais sendo a estreia da digressão em Santarém.